
Após a sofrida eliminação do Brasil na Copa do Mundo do Catar, ainda nas quartas de finais para a Croácia, o técnico Tite anunciou sua saída do comando da seleção canarinho pondo fim a um ciclo de 6 anos, abrindo caminho para a contratação de um novo treinador pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que ao que parece está em busca de um profissional europeu, contrariando personalidades como o ex-jogador Cafú, o capitão do penta, que divulgou uma lista de possíveis nomes nacionais que poderiam estar a frente da nossa seleção.
Nosso contato na Europa, o jornalista esportivo Heron Rodrigues, conta que na França o assunto mais comentado no momento obviamente é a possibilidade da conquista do tricampeonato mundial por parte da seleção francesa com dois títulos seguidos e o segundo assunto é a contratação de Zinédine Zidane para ser o novo técnico da seleção brasileira a partir de janeiro de 2023, podendo se tornar (ou não) o novo ídolo do Brasil.
Zidane esteve na Copa de 1998 quando a França derrotou o Brasil e foi campeã pela primeira vez, tendo ficado famoso pela cabeçada dada em um jogador da Itália na final da Copa de 2006, ano em que encerrou sua carreira de meio-campista. Conforme apurou Heron, o único empecilho para o fechamento do contrato que vai até 2026 é o sonho que ele tem em comandar a seleção de seu país, que vive o melhor momento de sua história, fato que fortalece Didier Deschamps, atualmente no cargo de técnico apesar da experiência de Zidane em grandes clubes da Europa.
Mas se a contratação emperrar, outros técnicos europeus também estão na disputa pelo comando da seleção do Brasil e o mais cotado é o italiano Carlo Ancelotti, mas que faria a CBF esperar, já que só poderia assumir no segundo semestre de 2023 com a condição de ter seu salário atual mantido, o que dá hoje o equivalente a 40 milhões de Reais a mais que o técnico Tite ganhava, em torno de 22 milhões ao ano.
O português Jorge Jesus com passagem pelo Flamengo está atualmente no futebol turco e é o preferido da imprensa brasileira e por boa parte do público nacional, mas está mais próximo de acertar com outro time daqui, como o Corinthians por exemplo. Aguardado por muitos e por muito tempo, o espanhol Pep Guardiola também é cogitado, mas acabou de fechar com o Manchester City pela sétima temporada consecutiva e não deve deixar o futebol inglês.
Enquanto isso o povo brasileiro que espera pelo hexa a mais de 20 anos tem que aguardar os cartolas sem pressa baterem o martelo e tomar uma decisão ao que tudo indica como vimos, com preferência a um nome europeu já que a escola sul-americana está sendo considerada obsoleta, apesar de a crítica histórica sobre a forma como o futebol mundial foi construído por europeus através de sua entidade internacional, a FIFA, por meio de exclusões, já que outros continentes não participavam das decisões.
Fato que levou muitos dirigentes a desenvolver brigas intensas por espaço, entre eles Jean-Marie, o João Havelange, que tem em seu lugar hoje o presidente Ednaldo Rodrigues, que está na porta da CBF segurando uma plaquinha com os seguintes dizeres: há vaga de treinador, ser europeu é um diferencial.