O fim de ano, tradicionalmente associado a celebrações, reencontros e balanços pessoais, também tem se consolidado como um período de maior vulnerabilidade emocional para parte da população. Conhecido popularmente como “Holiday Blues” ou “dezembrite”, o fenômeno reúne sintomas como tristeza, ansiedade, irritabilidade, cansaço extremo, sensação de vazio, alterações no sono e isolamento social, inclusive em pessoas sem histórico prévio de transtornos mentais.
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Embora amplamente difundido, o termo não é reconhecido oficialmente pela psiquiatria. “Cientificamente, a ‘dezembrite’ não é um diagnóstico nosológico formal; ela não consta no DSM-5-TR nem na CID-11. Se trata de um sofrimento situacional e de um estresse coletivo decorrente de demandas sociais, encerramento de ciclos e expectativas frustradas”, explica Arthur Rabahi, médico psiquiatra do Hospital Israelita Albert Einstein Goiânia ao Jornal Opção. Segundo ele, dependendo da intensidade e da duração, essas manifestações podem preencher critérios de diagnósticos clínicos estabelecidos, o que torna fundamental a avaliação especializada.
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Para o psicólogo Kassio Rosse Silva Kran, o fechamento simbólico do ano tem peso importante. “É um momento de balanço em que muitas pessoas percebem que metas não foram alcançadas. Em uma sociedade que associa valor pessoal a sucesso e produtividade, isso pode gerar frustração, vergonha e autodepreciação”, avalia. A comparação social, intensificada em confraternizações e encontros familiares, aparece como um dos principais fatores de sofrimento. “Medir-se pela régua do outro é um caminho perigoso para ansiedade e depressão”, diz.
Outro ponto de atenção é o risco de banalizar sintomas mais graves. “O perigo de confundir a dezembrite com quadros clínicos relevantes é considerável”, alerta…
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