Mesmo sem atividade e portanto sem novidade desde 1996, ano da morte de seu líder, Renato Russo, a Legião Urbana, uma das bandas mais importantes do rock brasileiro, alcança gerações com seu som. Os músicos fundadores, Dado Villa Lobos, guitarrista e Marcelo Bonfá, baterista, não utilizam mais o nome original devido a um imbróglio judicial que partiu de Giuliano Manfredini, filho de Renato Manfredini Júnior, nome verdadeiro da lenda, vocalista e principal compositor do grupo.
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Em 2015 quando a dupla idealizou a realização de uma turnê em comemoração aos 30 anos de fundação da Legião, foram barrados pela Justiça e com o andar do caso, voltaram a ter o direito sobre a marca, mas precisam destinar um terço dos ganhos para o herdeiro de Renato, fato que fez com eles recusassem e mantivessem apenas seus próprios nomes a frente do projeto.
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Com novas ideias em curso em 2023 iniciaram uma nova empreitada. Uma nova turnê chamada de As V Estações, um verdadeiro espetáculo musical que reúne sucessos principalmente dos álbuns As Quatro Estações e V apresentada em 26 datas entre maio do ano anterior e julho deste ano, tendo passado por 3 delas em Brasília.
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Em alguns dos shows os fãs criticaram a postura da produção do evento que supostamente estariam fornecendo ingressos vip para tirar foto com os artistas no camarim, sem que isso fosse divulgado, portanto havendo ausência de transparência quanto ao meio de contato para a aquisição, gerando indignação em legionários fanáticos de todas as idades que almejavam um momento ou uma selfie com seus ídolos.
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No último show de 2023 em Fortaleza e na abertura da turnê em Brasília em maio do mesmo ano, houveram tumultos e um princípio de confusão na área de saída dos músicos. Uma mulher contou que “esse não é o perfil da Legião, pois Legião não exclui, mas sim prega a democracia”. Um grupo entoou cânticos com palavras de ordem no show do DF.
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O vocalista da banda, o ator André Frateschi que sempre costuma aparecer na saída para cumprimentar os fãs que gritam loucamente o seu nome, contou-me numa oportunidade de encontro que desconhece essa prática nos shows e seguiu dizendo que está muito animado com a volta da “Legião” aos palcos.
Polêmicas e situações inusitadas a parte, o que mais importa de fato é a volta da banda sob uma nova roupagem, mantendo a essência e a pegada de Renato Russo, bem como mantendo viva a memória do outro Renato, o Rocha, um quarto integrante também já falecido. Ainda sem nome para essa nova configuração, mas com muita química sentida por quem assiste, aqui vai umas dicas para driblar Manfredini: Legião, Apenas Legião, LU… E você, tem alguma sugestão?
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Kássio Kran é psicólogo, palestrante e terapeuta,
fundador do Instituto Ubuntu e da Fundação Henrique Gabriel dos Santos.
Atualmente é CEO do PASH – Plano Assistencial em Saúde Holística e assessor de cultura em Ceres