A constelação está intrisicamente ligada à biologia, especificamente as ideias do biologista Rupert Sheldrake que propõe a ideia dos campos morfogenéticos, os quais ajudam a compreender como os organismos adotam as suas formas e comportamentos característicos. O vitalismo sustenta que em toda forma de vida existe um fator intrínseco, evasivo, inestimável e não sujeito a medidas que ativa a vida.
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O campo morfogenético refere-se a um campo de informação não físico que organiza a estrutura e o comportamento dos sistemas vivos. Segundo essa teoria, cada família possui um campo morfogenético único, transmitido através das gerações, que influencia as dinâmicas familiares. Esse campo contém informações sobre relacionamentos, papéis, crenças e traumas familiares, moldando a forma como os membros da família se relacionam entre si.
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Os campos morfogenéticos exercem uma influência significativa nas relações familiares, podendo transmitir padrões repetitivos de comportamento, traumas não resolvidos e características físicas ou emocionais semelhantes entre os membros. Por exemplo, um indivíduo pode enfrentar dificuldades de relacionamento similares às de seus pais ou reproduzir comportamentos de um antepassado distante, mesmo sem estar consciente dessas influências.
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O organicismo ou holismo recusam que os fenômenos da natureza possam ser reduzidos exclusivamente às leis físico-químicas, pois estas isoladas ou conjuntamente não podem explicar a totalidade dos fenômenos vitais. Por outro lado reconhece a existência de sistemas hierarquicamente organizados com propriedades que não podem ser entendidas por meio do estudo de partes isoladas, mas em sua totalidade e interdependência. Daí o termo holismo, da palavra whole = todo em inglês.
Sociólogos e psicólogos, no entanto, criticam o método da constelação, classificando-o como pseudocientífico e afirmando que ele ignora os princípios das ciências sociais e da psicologia, além de potencialmente violar direitos humanos e reforçar estereótipos de gênero. Eles alertam que a prática pode agravar estados emocionais de sofrimento ou desorganização psíquica.
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Alguns cientistas relatam que a constelação não passa pelas etapas de todo o método científico, que são: 1) observação 2) pergunta 3) pesquisa 4) hipótese 5) experimentação 6) análise de dados 7) publicação para a comunidade científica e replicações 8) conclusão (hipótese validada ou não).
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