Sentir a terra, observar a vida em sua essência, manter uma conexão profunda consigo mesma: na arte de Thatilla, conhecida por seu nome artístico de Ninfa Azul, o fazer começa no sentir. Sua bagagem artística evolui continuamente ao longo do tempo com aprendizados, sonhos e frustrações, recheada então de resiliência e gratidão, além de influências culturais diversas, como veremos no texto.
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O caminho para ela se tornar artista foi um processo de muitas fases, lento e por vezes doloroso, já que não se via como artista, mas apenas como alguém que comumente sabia desenhar e pintar ate que fez um desenho da Frida Kahlo no dia de seu aniversário (06/03), e um amigo usou esse desenho para lhe desejar feliz aniversário. Esse foi o impulso que faltava para seguir no mundo artístico.
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Hoje considera que seu processo criativo seja simples porque é natural, não requer esforço consciente, bastando-lhe observar a vida em sua essência, podendo ocorrer em qualquer lugar; desde que esteja conectada comigo mesma, transformando cada elemento percebido em arte. E nesse processo de absorção e transformação que é contínuo e dinâmico, reflete em obras primas a profundidade e a diversidade da vida.
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Há muitas especulações em torno do nome Ninfa, algumas até o associando à sexualização. O nome “Ninfa Azul” surgiu em 2018, quando finalmente decidiu abraçar sua vocação artística, gritante. No entanto, essa decisão foi permeada por medos e inseguranças, incluindo o receio das críticas e a preocupação de não conseguir corresponder às expectativas profissionais.
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Sua arte é uma manifestação social profunda que busca comunicar temas de reparação histórica, feminilidade, igualdade, equidade e evolução humana. Cada obra criada é uma tentativa de dialogar com o passado, refletir sobre o presente e inspirar um futuro mais justo e inclusivo. A reparação histórica é um dos pilares centrais da sua expressão artística procurando trazer à tona narrativas esquecidas ou marginalizadas, dando voz àqueles que foram silenciados pela história. É um esforço contínuo para reconhecer e honrar as lutas e conquistas de gerações passadas, enquanto buscamos um caminho de reconciliação e justiça.
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A feminilidade, em toda a sua complexidade e diversidade, é outro tema recorrente de sua arte, procurando explorar as múltiplas facetas do ser feminino, celebrando a força, a resiliência e a beleza intrínseca das mulheres, chegando a ser dessa forma um tributo à experiência feminina, desafiando estereótipos e promovendo uma visão mais inclusiva e empoderadora.
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A igualdade e a equidade são valores fundamentais que permeiam o trabalho de Ninfa Azul. Através da arte, busca promover uma sociedade onde todos tenham as mesmas oportunidades e direitos, independentemente de gênero, raça, orientação sexual ou condição socioeconômica. As artes por ela feitas são um chamado à ação, incentivando o público a refletir sobre as desigualdades existentes e a lutar por um mundo mais justo. Suas obras são uma celebração do potencial humano, da capacidade de crescer, aprender e transformar o mundo ao nosso redor, ou seja, evoluir.
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Para ela a arte de uma maneira geral é um antidestino, é uma forma de resistência e de afirmação da vida. Em um mundo muitas vezes marcado pela incerteza e pela transitoriedade, a arte oferece um refúgio, um espaço onde se possa explorar as emoções mais profundas e encontrar consolo. É uma celebração da criatividade humana e da capacidade de transformar o ordinário em algo sublime. É uma busca incessante por significado, beleza e conexão, uma jornada que transcende o tempo e o espaço.
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Sua mãe, também artista é a principal pessoa que mais lhe inspira. Com ela, Thátilla os primeiros contatos com o mundo da arte através de técnicas básicas e fundamentais. Outro grande ponto de inspiração são os Irmãos Credo, uma dupla de irmãos goianos e com todo esse aprendizado ela deixa um conselho para jovens artistas: “É imperativo que vocês busquem incessantemente o conhecimento.” Para Ninfa o conhecimento é um dos pilares fundamentais para a construção de uma carreira artística sólida e duradoura. A combinação de talento natural, dedicação e conhecimento adquirido através da educação formal é o que realmente distingue um artista excepcional.
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