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Cultura em Ceres: Uma peça política em cartaz

O PL 008/2023, cria a Secretaria de Esporte e Cultura do Município, mas o Poder Legislativo promove um verdadeiro teatro, numa cidade que não tem uma única peça em cartaz há anos.
Publicado em 29 de maio de 2023
por Joaquim Alcides

Para alguns cultura é qualquer evento tradicional que remeta a algum resgate histórico, como as Cavalhadas seja de Pirenópolis, Jaraguá ou Pilar de Goiás. Outros baseados no conhecimento da sua própria terra dirão que eventos religiosos como a Folia de Reis de Nova Glória e a Procissão do Fogaréu em Goiás é que são dignos de serem chamados de cultura. Não estão errados.

Há aqueles para os quais eventos culturais são provas de motocross, passeios ciclísticos ou descidas de boias no rio. Sim, mas tudo isso pode ser interpretado como prática esportiva, ao pé que atividades de skate por exemplo não são consideradas nem esporte e nem cultura. Há poucos dias de passeio no centro de Ceres, vi três skatistas serem impedidos de entrar numa loja, de maneira sutil.

A maioria acredita que cultura é balé, aula de música e a festa anual da pecuária juntamente com o desfile cívico que ocorre de forma contravencional no dia 04 ao invés do dia 07 em Ceres. Não amigues, isso não é cultura, isso pode gerar cultura, mas isso é entretenimento. Entretenimento inclusive é o que a Câmara de Vereadores de Ceres vem proporcionando a classe, uma vez que demonstra não saber que artistas são trabalhadores e que hip hop também é expressão de arte e portanto cultura.

A questão é que o Poder Executivo criou o Projeto de Lei 008/2023 que em resumo cria a Secretaria de Esporte e Cultura do Município, mas o Poder Legislativo promove um verdadeiro teatro, numa cidade que não tem uma única peça em cartaz há anos, a não ser aquelas produzidas por escolares graças a professores heróis que não recebem o piso, embora mídias escolhidas, dizem que sim.

Na tentativa de fazer o PL 008 ser devidamente votado a classe organizada realizou ações e recebeu respostas infantis de boa parte dos vereadores como birras e justificativas esdruxulas para a não aprovação imediata do projeto, como se os agentes culturais buscassem um favor e não direitos e provavelmente não vão gostar quando acessar essa matéria e vão usá-la como artifício contrário a causa.

Na primeira possibilidade de votação ainda em abril a classe que faz a cultura e o esporte na cidade foram recebidos pela Polícia Militar na Casa do Povo, sob pretexto da iminência de ataques armados, recorrentes naquela semana. Um nobre vereador se baseou em uma fake news para justificar aos espectadores a presença dos agentes de segurança, dizendo que deu no jornal que uma cidade da região havia sofrido um ataque.

E assim a Câmara por meio de suas comissões desconstruiu o Projeto e inseriu nele emendas indevidas entre as quais a que valida a criação da Secretaria para apenas 2024, alegando questões financeiras, quando o Setor Financeiro do Executivo já emitiu parecer favorável á aprovação imediata. E ao fazer essas alterações indevidas nem sequer chamou a classe para debater, com exceção de alguns que são mais famosos e que querem pelo visto, fatiar a cultura.

É convicção geral no meio cultural que alguns vereadores querem evitar que certos nomes envolvidos na construção deste movimento cultural ganhem destaque político, mas a verdade é que com isso desarticulam todo o trabalho de uma classe que há décadas mendigam e colecionam fracassos, como ocorreu com o Festival Wakanda, que por falta de recursos amargou um cancelamento de última hora sem o zoom da Câmara, já que é um evento independente de música alternativa e numa realidade em que a cultura independentemente do tipo é uma alternativa a vida dura, por que os políticos de Ceres tem medo dela?

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