TSE começou a divulgar o plano de governo dos prefeitáveis. Por enquanto está disponível só do Edmário e do Rafael. Ambos peças de ficção! Não tem META, não tem informações de onde vai sair o RECURSO para fazer tudo aquilo que eles estão prometendo e sequer dizem COMO fará e porque não fizeram. META é importantíssimo!
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– Vai doar lotes? Quantos lotes?
– Vai abrir vagas? Quantas vagas?
– Vai asfaltar ruas? Quantas e quais ruas?
Dizer de onde vem o RECURSO é imprescindível!
– Vai fazer uma obra?
– De onde vai sair o dinheiro para essa obra?
– Está previsto na LOA?
– E o método?
Ou seja, COMO vão fazer tudo que está no plano?
É preciso ter pessoas técnicas qualificadas com conhecimento em gestão pública para operacionalizar e tirar do papel tudo que eles estão idealizando. Enfim, são 27 páginas com 267 ações no plano de governo do Rafa e 17 páginas com 110 ações no plano do Edmário. Um copiou o plano de governo de uma prefeitura do Paraná e o outro fez uma montagem-frankstein-de-copia-e-cola com ar contemporâneo, mas, ambos não dialogam com a realidade de Ceres, pois o que está escrito ali, pode muito bem ser aproveitado em qualquer cidade, afinal, conto de vigário cabe bem em qualquer lugar.
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Há alguma curiosidade merecida de ser destacada?
Vi duas questões que me deixaram curioso:
Uma no Plano do Rafaell
(1) Prevê funcionamento das creches em janeiro e julho.
Daí a pergunta:
– Vão abolir as férias da professorada?
– Vão contratar professores ad hoc só para esses meses ou vão deixar com pessoas sem a qualificação desejada, tipo pejota?
– Há algum estudo ou experiência comprovada em outro lugar que mensura o impacto de uma ação dessa no desenvolvimento das crianças? Afinal ficar os 12 meses do ano, em tempo integral, numa escola, gera alguma consequência na vida de uma criança. Ou eles acham que não? O engraçado é que uma ideia dessa saí justamente do partidos bolsonaristas que defendem FAMÍLIA acima de tudo… hehe
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E outra no Plano do Edmário
(2) Fala em disponibilizar uma casa em Uruaçu. Gostaria de saber o custo-benefício disso.
– Qual a vantajosidade para a Administração ou para a municipalidade?
Ou seja, o gasto com aluguel da casa, água, luz, telefone, pagamento de pessoal para cuidar da casa, mantimentos de higiene, limpeza, para o ano todo, é mais vantajoso do que investir em tratamentos nos hospitais da cidade?
– Quantas pessoas vão para Uruaçu tratar de determinada doença que não se trata em Ceres e qual o custo dessa carência para o município?
– Quanto ficaria para a prefeitura viabilizar esse tipo de tratamento em Ceres no prazo de um ano?
– Fizeram algum estudo de viabilidade comparando essas duas opções?
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Proposta comum aos dois
Há outra curiosidade que está sendo tratada pelos dois e que pode ser importante, pois, com certeza, mexerá com o bolso do povo. Ambos falaram em mudar a legislação municipal. Edmário fala em “modernizar a legislação”; Rafa fala em “revisar”. Edmário com foco no “ambiente” e Rafa cita a desoneração. A preocupação quando li é justamente com o bolso, pois todas as mudanças na legislação municipal feita nos últimos 40 anos, foi para favorecer a especulação imobiliária e a consequência direta disso foi o encarecimento das terras e casas. Urbano e rural.
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Sabem qual o empecilho que corretores de imóveis e fazendeiros estão enfrentando atualmente? A lei ambiental! Sabe qual solução eles propõem? Desoneração! Para quem? Para eles, não para o povo.
Vale a pena lembrar que nos últimos 40 anos, o poder municipal está sob o comando do grupo comandado por essas duas famílias, que se alternam no poder, ad infinitum. Ah, mas agora vai ser diferente… Anrã.
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Ceresino é jornalista e historiador popular, apaixonado por Ceres
e um colaborador do portal O Agregador
