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Criatividade, a fronteira que separa humanos da inteligência artificial

Por mais avançadas que as máquinas possam ser, a capacidade de gerar ideias originais e inovadoras é uma característica humana única
Publicado em 5 de junho de 2025
por Eliéser Ribeiro

A criatividade, inerente ao ser humano, é o grande diferencial que nos distingue da Inteligência Artificial. Enquanto a IA pode aprender e replicar padrões, a criatividade humana é capaz de gerar ideias originais e inovadoras, quebrando paradigmas. É a nossa capacidade de sonhar, imaginar e criar que nos permite ir além do convencional, explorando novos caminhos e possibilidades. Nesse sentido, a criatividade é a nossa maior vantagem, um atributo que nos torna únicos e insubstituíveis no universo da inovação.

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Singularidade

Você talvez já tenha ouvido falar do paradigma da singularidade, conceito popularizado por Ray Kurzweil, sugere que haverá um ponto no futuro em que a tecnologia alcançará um nível de inteligência que superará a capacidade humana. No entanto, essa ideia pressupõe que as máquinas serão capazes de replicar a criatividade humana, um feito que, até agora, permanece inatingível. A singularidade tecnológica pressupõe uma IA que não apenas aprende e adapta, mas também cria e inova de maneira autônoma, sem a necessidade de intervenção humana.

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No entanto, a criatividade é um aspecto profundamente humano, enraizado em nossas experiências, emoções e intuições. É um processo que envolve a capacidade de fazer conexões inesperadas, de sonhar e de imaginar — algo que as máquinas, por mais avançadas que sejam, ainda não conseguem replicar. Portanto, embora a IA possa superar os humanos em muitas tarefas, a capacidade de ser verdadeiramente criativo parece estar além de seu alcance. E, considerando o ritmo atual de desenvolvimento, essa realidade parece estar bem longe de acontecer.

Transformer

Quando eu era criança eu tinha um carrinho transformer, adorava ele, ora ele era robô, ora era carro. Contudo, quero falar de outro transformer. O exemplo emblemático de criatividade é a concepção do algoritmo transformer, que se tornou a espinha dorsal dos sistemas de IA mais avançados da atualidade, incluindo o ChatGPT e o Bard. Esta inovação surgiu de um momento de inspiração criativa em 2017, quando os pesquisadores do Google, Ashish Vaswani e Jakob Uszkoreit, estavam buscando formas de otimizar o algoritmo de tradução do Google Translate.

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Enquanto isso, um colega deles, Illia Polusukhin, estava desenvolvendo um conceito chamado “self-attention”, que tinha o potencial de revolucionar a velocidade e a maneira como os computadores compreendem a linguagem. Polusukhin, um entusiasta de ficção científica, imaginou que o “self-attention” poderia permitir que os computadores gerassem sentenças completas que representassem uma ideia ou conceito, de maneira semelhante a uma linguagem extraterrestre fictícia. Essas sentenças, então, precisariam ser decodificadas pelos humanos para serem compreendidas.

A combinação dessas ideias resultou na criação do algoritmo transformer, um marco na história da IA. Este exemplo ilustra como a criatividade humana, capaz de fazer conexões inovadoras e originais, é fundamental para o avanço da tecnologia.

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Anteriormente, o Google Translate e outros sistemas de Processamento de Linguagem Natural (PLN) traduziam cada palavra de uma sentença de maneira sequencial. A inovação do “self-attention” consistia em ler a sentença inteira de uma vez, analisando suas partes como um todo, em vez de palavras individuais. Isso permitia ao sistema captar melhor o contexto e gerar a tradução de maneira paralela. Posteriormente, outros pesquisadores se uniram a eles, resultando na publicação do artigo “Attention is All you Need”, que agora é uma leitura essencial e uma obra prima do tempo presente.

Este exemplo ilustra vividamente a distinção entre máquinas e humanos. As máquinas, por mais avançadas que sejam, não possuem criatividade e não geram insights. A verdadeira inteligência reside na criação do algoritmo e no lampejo de criatividade que o originou, ambos produtos da mente humana. O que só reforça o contexto mencionado anteriormente.

Leia outros artigos de Eliéser Ribeiro aqui no Portal OAgregador

Conclusão
Em conclusão, a criatividade, um elemento demasiadamente humano, é a grande fronteira que separa a humanidade da Inteligência Artificial. Por mais avançadas que as máquinas possam se tornar, a capacidade de gerar ideias originais e inovadoras, de sonhar e de imaginar, é uma característica única. É essa criatividade que nos permite criar algoritmos e tecnologias inovadoras. Portanto, enquanto a IA pode replicar e aprender, a verdadeira inovação e criatividade permanecem firmemente no domínio.

Temos uma coluna sobre Inteligência Artificial


Eliéser Ribeiro é sociólogo de dados, mestre em Sociologia, especialista em IA,
especialista em pesquisa e análise de dados. Trabalha com Python, R, SQL, Power BI, Tableau

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Ficha Técnica

Editor Chefe: Luiz Fernando
Supervisão: Greg
Redação: Kássio Kran

Fotos publicadas com respeito ao Direito de Imagem/Autoria
Créditos: ChatGPT

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