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Prefeitos não eleitos pela maioria

O segundo turno só ocorre quando nenhum candidato alcança mais de 50% dos votos, mas muitos são eleitos sem essa quantidade, por que?
Publicado em 27 de outubro de 2024
por Joaquim Alcides

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Neste domingo dia 27 de outubro de 2024, 51 municípios ao todo passam por segundo turno espalhados em todas as regiões do Brasil, sendo 15 capitais e 36 cidades mais de 200 mil eleitores, onde os dois mais bem votados para o cargo de prefeito voltam às urnas numa nova rodada, que determina a escolha final.

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Em Goiás, três cidades passam por esse evento: A capital, com uma virada nas pesquisas a favor de Sandro Mabel (UB) candidato do governador Ronaldo Caiado em desfavor de Fred Rodrigues (PL) candidato do ex-presidente Bolsonaro, apesar dos inícios de irregularidades na biografia do postulante. Aparecida de Goiânia, que também indica uma virada nas pesquisas para Leandro Vilela (MDB) em relação a Professor Alcides (PL). O mesmo acontece em Anápolis onde Antônio Gomides (PT) chegou a liderar pesquisas no primeiro turno, mas sofreu uma virada nas urnas para Marcio Correa (PL).

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Segundo as regras da Justiça Eleitoral, o segundo turno só ocorre quando nenhum dos candidatos à prefeitura alcança mais de 50% dos votos válidos, que engloba o total de votos, mas excluindo os brancos e nulos.

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Porém, de seguindo a Constituição Federal e a Resolução TSE 23.734/2024, cidades que tenham menos de 200 mil eleitores não têm segundo turno. Nesses locais, o postulante com maior número de votos é eleito já na primeira rodada, independentemente de atingir ou não os 50%.

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Muitos criticam a metodologia eleitoral brasileira, anunciando se tratar até mesmo de um mecanismo para contenção de gastos públicos com o evento democrático, já que apenas 103 dos 5.568 municípios brasileiros têm uma população de eleitores superior a 200 mil, denunciando de forma opinativa, uma injustiça na construção das gestões eletivas.

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Em Ceres no interior de Goiás, por exemplo, que teve uma mísera diferença de apenas 36 votos do reeleito para o segundo colocado, se somarmos a participação de todos os 3 derrotados daria uma quantidade de 8.605 enquanto que o prefeito tirou 4.716 perfazendo apenas 35,40% dos votos a seu favor enquanto 64,59% votou em outros candidatos.

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Também no interior de Goiás, na cidade de Itapuranga, fato semelhante acontece. O prefeito reeleito conquistou 6.029 votos que corresponde a 34,20% do eleitorado total, enquanto que se somarmos os 3 demais candidatos daria um total de 11.598 correspondendo a uma esmagadora maioria de 65,8% que rejeita o eleito.

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Mas não é só em Goiás que isso acontece. Aqui no Mato Grosso também é comum esse fenômeno raro da maioria votar contra o vencedor. Na cidade de Confresa, Ricardo Babinski (MDB) chegou a marca de 46,46% com 8.272 votos, enquanto que 53,53% da população distribuiu seus 9.532 votos válidos entre os demais 5 candidatos, mas bastava somar o segundo e o terceiro colocado para ver que a maioria não foi ouvida nas urnas no primeiro turno das eleições.

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Joaquim Alcides é um filho de Ceres, seus pais foram pioneiros,
atualmente reside no estado do Mato Grosso,
é professor e Doutor em Sociologia e colaborador deste portal

Ficha Técnica

Editor Chefe: A Redação
Supervisão: A Redação
Redação: A Redação
Colaboração: Outros

Foto em destaque publicada com respeito ao Direito de Imagem
Créditos: TRE-DF

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