A maioria dos portais e jornais de todos os níveis de circulação e acesso classificaram Gabriel Barbosa Almeida, o famoso Gabigol, como displicente, em referência a sua desastrosa cobrança de pênalti, na semifinal da Copa do Brasil 2025, quando errou a batida de forma estranha contribuindo diretamente para a eliminação de seu time, o Cruzeiro e cooperando indiretamente para a classificação do Timão.
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O professor Leonardo Jardim colocou o até então camisa 9 do time mineiro, já nos acréscimos, vendo que a partida evoluiria para cobrança dos penais e enquanto organizava a ordem dos batedores, percebeu o Gabi, não tão gol assim, afirmar que queria ser o último a chutar tendo tudo para se tornar ídolo, mas se tornou vilão e teve sua imagem vandalizada por torcedores poucos minutos após o vacilo na Toca da Raposa.
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A mídia em sua maioria, chamou-o de displicente, que conforme o dicionário tem como sinônimos as seguintes palavras: desinteressado, descontente, desatento, descuidado, quem não tem alegria, entediado, apático, aquele que demonstra descaso, falta de empenho no que faz… Tá bom ou quer mais? Tudo isso se aplica ao garoto?
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Fato é que com o maior salário do time celeste, girando em torno de 2,5 milhões de reais e morando numa casa cujo aluguel é de 60 mil por mês, o jogador não rendeu tanto quanto o esperado no início da temporada e foi perdendo espaço na Raposa. Boatos contam que ele já estava em negociação com o Santos, antes da partida decisiva.
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Nas redes sociais torcedores e secadores não pouparam opiniões, sugerindo até que o erro tivesse sido proposital. Em época que grandes casas de apostas esportivas bancam campeonatos e times, não dá pra ignorar a dúvida levantada pelos internautas. Outros escreveram que o intuito do erro seria descontar as mágoas que carrega em sua passagem pelo Cruzeiro. Müller, campeão da Copa do Brasil pela nação azul, detonou também, chamando o atleta de “mala sem alça” e mascarado.
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O atacante por sua vez se desculpou também nas redes, mas não voltou com a delegação cruzeirense para Belo Horizonte e nem foi visto nos vestiários. Bateu seu pênalti e sumiu, aliás, nem bateu, entregou a bola para o Hugo, goleiro do Corinthians, após uma paradinha bizarra. Logo ele que é especialista em penalidades, que ao longo do ano, errou apenas 2, mas mesmo assim no rebote, balançou as redes. Então, errou apenas 1, quando não poderia.
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Agora, de técnico novo e sem o prestígio de antes, Gabi não tem mais clima para permanecer no time de BH. O experiente Tite, chegou aos 64 anos, após pausa na carreira para cuidar da saúde mental e não quer desgastar seu psicológico de forma desnecessária e como circula nos bastidores da notícia, prefere não trabalhar com o craque, que por sua vez, também não gosta do novo professor. Nesse momento o treinador é mais importante do que o jogador ao time.
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Enquanto isso, na Gávea é só festa para a torcida rubro-negra, que perdeu o atleta a pouco mais de 1 ano, mas ganhou praticamente tudo que disputou em um ano. Lá ele fez uma belíssima passagem mas também se desgastou e saiu. Deixou uma certeza e se tornou incerto. Flamengo é certeiro, inclusive em suas decisões, time maduro. Vamos ver para onde o Gabi sem gol há 12 partidas vai. Ele tem contrato até 2028, só não tem clima. Mas é assim mesmo, alguns relacionamentos, acabam.
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Kássio Kran é psicólogo, palestrante e terapeuta,
fundador do Instituto Ubuntu e da Fundação Henrique Gabriel dos Santos.
Atualmente é CEO do PASH – Plano Assistencial em Saúde Holística
