A técnica “caiu nas graças” do sistema judiciário há alguns anos atrás, na área de mediação, e tem sido utilizada em inúmeras decisões judiciais no país. Desde 2012, essa técnica tem sido aplicada no Brasil para mediação de conflitos como divórcios, guarda de filhos, alienação parental e pensão alimentícia, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
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Em um caso de estupro o juiz pode usar a constelação para promover uma conciliação entre a vítima e o agressor. Outro exemplo: uma mulher é agredida pelo marido e está com um processo de separação e pedido de guarda das crianças.
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O juiz, durante sessão de conciliação, questiona se teria ou não um acordo entre as partes. Caso não tenha, segue para o litigioso. Para os juristas que utilizam a técnica, a constelação familiar pode ajudar a identificar a raiz dos conflitos e buscar uma solução que vá além das questões jurídicas formais. Isso pode levar a acordos mais satisfatórios para ambas as partes, reduzindo a necessidade de litígios prolongados.
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As constelações familiares, ao dramatizarem conflitos, buscam revelar questões pontuais mal resolvidas dentro da história familiar, como mortes precoces, perdas e rupturas, que podem influenciar de forma inconsciente os comportamentos futuros dos membros da família. É amplamente utilizada em mais de 50 países pelo mundo, e no Brasil (em pelo menos 16 Estados e o Distrito Federal). Muitas comissões de direito sistêmico de advocacia estão atuando de forma eficiente (há pelo menos 117 Comissões no país, sendo vinte estaduais, mais o Distrito Federal).
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Embora não substituam outras formas de psicoterapia e mediação, juízes e psicólogos que defendem a prática afirmam que esses traumas são frequentemente identificados em intervenções rápidas, de meia a uma hora, realizadas em dramatizações coletivas ou sessões individuais sigilosas. Essas intervenções permitem às pessoas enxergar seus conflitos sob uma nova perspectiva e despertar empatia pelas outras partes envolvidas na disputa.
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