Quem não conhece a icônica frase de Nietzsche quando disse “Deus está morto”?!
Ou Marx quando escreveu que “a religião é o ópio do povo”?!
Cada um escreveu isso dentro de um contexto específico retratando a conjuntura do seu tempo.
Entre para o nosso grupo de WhatsApp
Pois bem, recentemente Vladimir Safatle, um intelectual brasileiro, professor da USP, escreveu num livro – Alfabeto das Colisões – que a “esquerda morreu”. Assim como Nietzsche e Marx, Safatle usa a conjuntura atual como plataforma de sustentação para defender sua tese. Com exceção de Marx, torci o nariz e fui muito cético para ler as teses dos outros dois, mas tive que me dobrar à interpretação dos três, pois o trio faz uma leitura corretíssima da conjuntura que cada um estava envolvido.
Leia agora: Relações não-capitalistas, política de assentamentos rurais e produção coletiva
Mais especificamente sobre a tese de Vladimir Safatle de que a esquerda morreu, basta olhar nas ruas e na internet, em especial, para os candidatos aos cargos municipais deste ano. Quem está filiado a algum partido dito de esquerda está envergonhado de se identificar como esquerda. Ou o termo correto não seria envergonhado?
Leia agora: As novas cores do PT
Que tempos são esses que a direita se orgulha em se apresentar e a esquerda se encolhe ou se fantasia de isento?! Podemos esperar resultados satisfatórios ou defesa enfática das pautas sociais, da luta contra a desigualdade, a favor da educação, saúde e combate à injustiça, com representantes conservadores, isentos ou intimidados pela direita?
Leia agora: A nova confusão envolvendo Wilker Leão
A ressurreição da esquerda é possível?
Aguardemos a páscoa vermelha!
PS: O texto é um recorte. Sem generalizações, por favor.
Leia agora: Uma luz para a esquerda ceresina
Ceresino é jornalista e historiador popular, apaixonado por Ceres
e um colaborador do portal O Agregador