Brasília, 09 de dezembro de 2025 – Durante as atividades da Câmara Federal, jornalistas foram impedidos de registrar os trabalhos da Casa, sendo obrigados a ficar aglomerados em uma área distante do salão onde ocorre as reuniões. Na ocasião o deputado Glauber Braga (PSOL – RJ) foi retirado a força pela Polícia Judiciária supostamente a mando do presidente Hugo Motta (REP – PB), após ocupar sua cadeira como protesto pela forma de condução de seu processo de cassação.
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A mesma polícia agiu com violência contra os jornalistas que tem permissão para circular pela Casa de Leis, graças as credenciais concedidas, sendo esse caso de proibição inédito nas últimas duas décadas, ou seja, desde o fim dos governos militares no Brasil, ligando um sinal de alerta. Outro fato estranho foi a interrupção da transmissão da TV Câmara pelo Youtube no momento dos fatos, mas congressistas como a Maria do Rosário (PT – RS), gravaram imagens pelo próprio celular e divulgaram nas redes sociais.
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A deputada citada, visivelmente abalada com a situação defrontada, convidou outros colegas que ignoraram-na em sua maioria, indo ela sem apoio, sugerir a agentes de segurança que continham os jornalistas, que liberassem suas entradas no Plenário e acompanharem o que ocorria, e ao ser negada a sugestão, os trabalhadores da imprensa começaram a gritar palavras de ordem. A petista então abriu as portas a frente, dando visibilidade a cena lamentável que ocorria.
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Em nota emitida, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, a Associação Nacional de Editores de Revistas e a Associação Nacional de Jornais condenaram o que chamaram de “cerceamento ao trabalho dos jornalistas”. A Federação Nacional dos Jornalistas também se manifestou chamando o episódio de “lamentável absurdo”.
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O presidente da Câmara que demorou a se pronunciar, disse que irá investigar o ocorrido para determinar se houve excesso da Polícia Judiciária, mas assegura que não se trata de censura, pois se declara um defensor da democracia. O portal OAgregador, que já cobriu matérias em Brasília, lamenta o ocorrido e se solidariza com os nobres colegas jornalistas.
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Joaquim Alcides é um filho de Ceres, seus pais foram pioneiros,
atualmente reside no estado do Mato Grosso,
é professor e Doutor em Sociologia e colaborador deste portal
