Por volta de 1530, foi o início do processo de escravização no Brasil, com a invasão e colonização portuguesa, que não se limitou ao território brasileiro. Portugal também atuava fortemente no continente africano, capturando e comercializando pessoas negras para o trabalho forçado nas colônias.
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Com isso estima-se que cerca de 12,5 milhões de pessoas foram arrancadas de suas terras. Aproximadamente 2 milhões morreram durante a travessia, conhecida como Caminho do Meio, devido às condições extremamente desumanas: pessoas amontoadas, sem ventilação, sem higiene, com alimentação precária e submetidas à violência constante. A crueldade era tamanha que, em muitos casos, os corpos dos africanos mortos eram jogados ao mar. Relatos históricos indicam que tubarões passaram a seguir os navios negreiros, atraídos pelos corpos lançados à água — mudando inclusive suas rotas naturais.
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Essa lembrança brutal atravessa séculos e ecoa na arte, um exemplo é a música do rapper Mano Brown, do grupo Racionais MC’s, ao dedicar a obra “Nego Drama” com os seguintes dizeres “à você que não virou comida de tubarão” uma referência direta a esse passado trágico que interferiu na vida de milhares de pessoas durante esse período e de gerações e gerações, que até os dias atuais sofrem os respingos desse ato brutal e desumano além de evidenciar a e resistência do povo negro que sobreviveu à escravidão.
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Que perdurou por séculos e apesar da pressão vinda da Inglaterra sobre os países sul-americanos, em especial o Brasil, inquietação que visava libertação dos escravizados, mesmo assim o citado pais ainda foi um dos últimos do mundo a conceder tal liberdade. Ao observar essa preocupação com os negros, é notável que era fruto dos interesses gerados pela Revolução Industrial inglesa, que avançava e o processo de industrialização estava em ritmo acelerado, onde surgiu a necessidade de mão de obra assalariada, capaz de consumir os próprios produtos e sustentar a expansão econômica.
Observando o contexto da escravidão no Brasil e a imposição da Inglaterra foram criadas leis como…
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Janathan Firmino, licenciado em Geografia (UEG, 2010), pai de Kauê e João Pedro,
professor, massoterapeuta e terapeuta holístico.
Criado por mulheres, suas principais referências, vó, mãe e irmã, ambas falecidas.
Um homem que observa o espaço geográfico não só como lugar físico, mas como palco das transformações humanas,
onde cada indivíduo busca seu lugar em meio às tensões do tempo e do capital
