Pacaraima-RR, dia 22 de janeiro de 2025. Uma tropa de soldados venezuelanos invade o território brasileiro durante exercício militar na fronteira de maneira deliberada, mas aparentemente sem a intenção de um ataque, porém a provocação gerou incômodos na relação diplomática e social entre os dois países que já estão vindo de um desgaste e endurecimento anterior, devido ao não reconhecimento da lisura e transparência no processo eleitoral do país bolivariano.
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As Forças Armadas Brasileiras presentes em massa na cidade não reagiram, considerando a situação, um incidente, mas os moradores alarmados chamaram a atenção dos governantes a ponto de o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, telefonar ao chanceler venezuelano com um pedido formal de posicionamento do país vizinho sobre a ocorrência desrespeitosa de invasão do nosso território nacional.
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Em resposta, representantes do governo de Nicolás Maduro afirmaram que a Venezuela não fez a devida comunicação sobre a manobra militar e que por um breve momento houve a entrada de viaturas de forças venezuelanas em território brasileiro, o que foi registrado em vídeos que circulam pela internet por moradores da região.
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Um integrante do alto escalão do governo Lula disse que Maduro estaria apenas fazendo graça e que a princípio não havia qualquer risco a soberania de nosso país, classificando o ocorrido como um descuido, ou uma exibição desnecessária, não caracterizando uma invasão que possa justificar um conflito entre os vizinhos, mas mesmo assim o Exército deslocou alguns blindados para mais perto da fronteira por precaução.
Adentrar alguns metros num país vizinho, de fato não é incomum e nem chega a ser um problema em casos de nações com relações pacificadas. O grande problema que transtorna a situação é o interesse de Maduro no território de Essequibo no território da Guiana, que o líder venezuelano já afirmou ser de seu país em um disputa que dura mais de 100 anos.
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Recentemente através de um referendo nacional promulgou o território em questão que representa mais de 70% do território da Guiana e é rico em petróleo, minérios e tem saída para o Oceano Atlântico, como sendo da Venezuela contrariando os interesses civilizatórios globais e devido a questões geográficas a única forma viável de iniciar uma invasão para tomada desse território guianense é atravessando uma faixa no norte brasileiro, justamente por ali onde ocorreu esta breve invasão.
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Joaquim Alcides é um filho de Ceres, seus pais foram pioneiros,
atualmente reside no estado do Mato Grosso,
é professor e Doutor em Sociologia e colaborador deste portal