Há um estudo realizado pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio | ITS, que verificou que em 2024 haveria mais robôs e máquinas na internet do que humanos. A verdade é que nas eleições municipais, lidamos e estamos lidando com informações produzidas mais por robôs, máquinas e inteligência artificial do que por humanos. Mas qual será o impacto disso no resultado das eleições?
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Ao olhar para o mundo afora, vemos que o crescimento do poder da internet e das big techs nas eleições tem facilitado a eleição de representantes da extrema-direita. E isso acontece por um simples fato: a disseminação desenfreada das fake news, tal qual um laudo falso por exemplo, ferramenta indispensável para a popularização da extrema-direita.
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Uma prefeitura possui o maior banco de dados com informações valiosas dos cidadãos, usuários dos serviços públicos do município e caso algum banco de dados desses seja compartilhado com uma empresa de marketing ou tecnologia especialista em tratamento de big data (grandes dados), isso poderá proporcionar uma vantagem competitiva muito grande, pois informação é poder, e esse poder nas mãos de um robô com inteligência artificial pode fazer um mapeamento cirúrgico de cada intenção de voto do eleitor.
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Os dados em si, já valem muito, agora imagina esses dados manipulados por inteligência artificial, cruzados com dados de consumo e de interesse dos usuários, extraídos das redes sociais, podendo ler, entender e saber a vontade do cidadão e com isso antecipar-se e oferecer o “produto” que o eleitor quer. É ou não é uma receita valiosa para conquistar um voto e vencer com mais facilidade as eleições?!
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Isso se aplicou também à campanha para vereadores, pois se eles não tiveram as “manhas” para usar as ferramentas tecnológicas, ficaram para trás, sendo meros buchas de canhão no processo eleitoral. Mais uma coisa é certa e estará acima disso tudo isso que estamos falando aqui, sendo mais preponderante nos interiores do país, que é o poder das ruas, das visitas e das reuniões, ou seja, o calor humano e a relação presencial continuarão sendo o carro chefe de toda boa campanha bem sucedida, pois o convencimento olho no olho continua sendo o maior cabo eleitoral.
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Ceresino é jornalista e historiador popular, apaixonado por Ceres
e um colaborador do portal O Agregador